quinta-feira, 19 de maio de 2011

Dando asas à nossa criatividade

Se eu fosse uma vassoura

Se eu fosse uma vassoura queria ser de uma bruxa enfeitiçada. Mas infelizmente não sou, sou apenas vassoura de um humano sujo que vira e parte copos, pratos e só faz lixo em muita quantidade.
Foi passando o tempo e eu fiquei cansada disto.
À tardinha, ao por do sol eu pus-me à escuta de uma conversa bem interessante. Uma senhora estranha com gostos esquecidos e maus odores, disse assim:
- Eu preciso de uma vassoura normal para a noite de halloween e depois fica o resto do tempo comigo!
- Vou agora ao lixo ver o que lá há!
E eu, muito apressadamente, fui a correr para o lixo. Poderia vir a concretizar o meu sonho. Cheguei mesmo a horas e tempo. E uma velhinha a cheirar mesmo mal, com uma verruga no nariz, pega em mim com todo cuidado e levou-me para uma casa ainda pior do que eu pensava.
Tinha aranhas, umas pessoas com dentes afiados e esfomeadas, outros com ligaduras, outros que não dizem coisa com coisa, era praticamente uma casa de malucos. A Sra. estranha leva-me para um laboratório com cada coisa maluca, era coisa de ficar de boca aberta, mas o mais estranho foi ela pegar em mim, pegar num líquido verde a borbulhar e, em segundos despejou-mo por todo o meu corpo. Foi para um quarto.
Passaram horas e horas. Eu estive muito mal disposta, mas com a raiva que estava a má disposição passou e eu já me sentia forte e com grande poder.
Saindo do quarto, vi a tal mulher mas totalmente diferente, mais arranjada mas, mesmo assim, metia-me medo.
Saímos da casa com os monstros que eu tinha dito. E lá fora pôs-me a voar, parecia mentira mas era verdade.
A mulher pôs-se em cima de mim, guiou-me e pelo caminho onde vimos milhares de bruxas, todas elas diferentes umas das outras, os feiticeiros, uns vampiros todos malucos da cachimónia, umas múmias deixando cair as ligaduras, os mortos vivos só a contar anedotas sem sentido nenhum, ao fim de tudo os morcegos a assustarem e a fazerem uma chiadeira infinita …aproveitei para dizer olá a outras vassouras voadoras que fiquei a conhecer no caminho…
Estávamos a pousar e, já em terra firme, achava divertida a festa de hallowen ou, melhor, demais. Com passarela roxa, seguranças vampiros e morcegos à entrada a ajudar. Mas eu, vassoura, pensava que ia ficar cá fora, mas enganei -me bem! Também entrei e fui para os bastidores de vassouras. A minha dona para os das bruxas.
O mais engraçado é que havia duas festas de hallowen, as bruxas e as vassouras. No das bruxas bailava-se e no das vassouras desfilava-se. Então, pegaram em mim, vestiram-me e puseram-me assustadora. Olhei-me ao espelho e gritei assim:
-Haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa! -gritei.
E todos se puseram a olhar para mim.
Chegou a hora do hallowen de desfile e eu fui a primeira. Nervosa e vassourando até me saí muito bem.
No fim do desfile, a melhor vassoura eleita fui eu e fiquei em primeiro lugar de todas as classificadas, e todas me abraçaram felizes.
O desfile passou e fomos embora….
Tive uma vida maravilhosa e logo percebi que o meu sonho foi, realizado.
Conclusão: todos os sonhos que se pede com vontade e força (menos a fortuna) se realizam!

Vasco Sousa 4º A
 
Blog da Escola JI EB1 Espinho 3.
Criação e Apoio Técnico da Professora Liliana Monteiro